quinta-feira, maio 05, 2005

poema que Lord Byron diz no final de O Colar (II)

Não iremos mais juntos divagando
Pela noite fora
Embora a lua brilhe tanto como outrora
Embora como outrora
Não cesse do amor a voz uivante
Que me devora

Pois o coração gasta o peito
E a espada gasta a bainha
O tempo rói o coração desfeito
E a alma é sozinha

Embora a noite sempre peça amor
E o dia volte demasiado cedo
E o luar corte como espada nua
Não irei mais em pânico e segredo
Sob a luz da lua.

3 comentários:

Anónimo disse...

enquanto pesquisava sobre a poesia de byron encontrei o link para este post. este poema fascinou-me, mas não consigo encontrar mais referências sobre ele... podia deixar-me a rerefência bibliográfica exacta,numa resposta a este comentário?

Obrigado!

Carla

tulisses disse...

Olá, Carla.

Este poema é posto na boca da personagem Lord Byron na obra O Colar, mas não tenho a certeza se será dele ou uma criação da autora do dito texto dramático, Sophia de Mello Breyner Andresen...

Ainda assim,fica aqui a referência completa: Sophia de Mello Breyner Andresen, O Colar, Lisboa: Editorial Caminho, 2001

me disse...

É mesmo de Byron. E acho que Sophia ou seu editor devia ter deixado clara a sua autoria, dizendo que era apenas uma tradução.

Byron, versão original: https://www.poetryfoundation.org/poems/43845/so-well-go-no-more-a-roving

Paulo B.