Desta vez é diferente: tentei reduzir os argumentos, em grupos que se reenviam para textos anteriores onde os referi, ou não, porque este mês abusei. Bem, não sei se pode dizer que ler muito e tal é um abuso, mas enfim… E este mês mais cedo, não sei se poderei depois fazer um post desta envergadura daqui a uns dias...
Livros:
1 – A Bíblia (Ezequiel, Daniel, Oseias, Joel, Amós, Abdias), Paulus ***
argumentos: continua a saga, com mais ou menos sacrifício ou prazer. Daniel e a cova dos leões, ou frases brutais como: «Gostavas de receber a paga de prostituta em qualquer eira de trigo.» (Os 9, 1) ou a hilariante frase «O espírito arrebatou-me e levou-me para a porta oriental do Templo de Javé, isto é, a porta que dá para Oriente.» (Ez, 11, 1). Mais do mesmo, um pouco repetitiva a ideia…
2 – Doze Casamentos Felizes, Camilo Castelo Branco, Parceria ***
argumentos: não me entusiasma o escritor, mas lá li por sugestão da Prof.ª Annabela Rita, num curso queirosiano. São doze histórias sobre casamentos, ou o antes deles, na maioria. E felizes, pois claro. Mais: «As mulheres, se não tivessem estas adoráveis esquisitices, pouco mais valeriam que os homens», p.88. E com passagens engraçadas: «havia uma Ximena, da qual ele contava uma tragédia mais horrível que o nome»p.58, lê-se bem e pode servir de companhia numa viagem.
3 – O Prazer da Leitura, A. A. V. V., Teorema/FNAC****
argumentos: livro que celebra o dia do livro. Dez contos por €4.00. Não gostei de todos, mas em lá, dos que gostei, João Aguiar, Lídia Jorge, Nuno Júdice, Manuel Jorge Marmelo, Filipa Melo, Francisco José Viegas, Rui Zink, e ainda Maria Teresa Horta, Luísa Costa Gomes e Mário Cláudio. Alguns dos contos falam da relação das pessoas com a leitura, com os livros, com as palavras. Mais: «Um escritor deve sempre acreditar que o seu romance irá salvar o mundo. Senão para que escreve ele? Se um livro não é feito para salvar o mundo, então mais vale, se calhar, nem o começar a escrever. O mundo já está tão cheio de maus romances… E até de bons romances. O mundo não precisa de mais livros.»p.214 (Rui Zink).
4 – A Voz Fagueira de Oan Timor, Fernando Sylvan, Colibri ****
5 – A Casa, a Escuridão, José Luís Peixoto, Temas e Debates****
6 – Túmulo de Heróis Antigos, Paulo Teixeira, Caminho ***
7 – Panfleto (Poético), António Cardoso, Plátano ***
8 – Economia Política, Poético, António Cardoso, Plátano ***
9 – O Gosto Solitário do Orvalho, Bashô, Assírio & Alvim ****
argumentos: muita poesia este mês – livros pequenos, claro está. Não comento um a um, mas destaco o do Peixoto e o do Fernando Sylvan. Poemas de todos eles nos links dos títulos. Ficam aqui alguns do Bashô, que li enquanto a Denise lia a Teresa Veiga:
separados pelas nuvens
dois patos selvagens
dizem-se adeus
*
admirável aquele
cuja vida é um continuo
relâmpago
10 – Eu Vim Para Ver a Terra, Maria Ondina (Braga), Agência-Geral do Ultramar *****
argumentos: o livro sobre o qual falarei no colóquio sobre Macau, se for seleccionado. Livro de crónicas, ao estilo colonial mas sem preconceitos ou ideologias imperialistas. Muito bonitas as crónicas sobre Angola, dorida a crónica sobre Goa, muito interessantes as referentes a Macau, cinzentas e tristes, em profundo contraste com as de Angola. Uma escritora que me parece irá fazer parte das minhas leituras futuras. Mais: «De avião as viagens têm sempre aquele carácter atraiçoada de pressa que é a chaga aberta do nosso século. Chegar depressa é com certeza envelhecer cedo, é, de qualquer modo, não ter tempo para ver, em para desejar, nem para sonhar. É estragar o prazer fascinante da viagem, seja ela a viagem de Luanda a Nova Lisboa ou, simplesmente, a viagem da vida.» p.46.
11 – Doutoramento Honoris Causa de Agustina Bessa-Luís e Eugénio de Andrade, FLUP****
argumentos: pronto, só porque eu apareço lá, numa foto, ao lado da Agustina e do então Reitor. Mas tem textos muito interessantes, dos novos Doutores, mas também das elogiadoras: Fátima Marinho descreve a obra em geral de Agustina, Maria João Reynaud fala de alguns lugares de Eugénio.
12 – As Intermitências da Morte, José Saramago, Círculo de Leitores*****
13 – Deste Mundo e do Outro, José Saramago, Caminho****
14 – Manual de Pintura e Caligrafia, José Saramago, Caminho *?*
argumentos: A Consistência dos Sonhos, a exposição do Saramago onde eu sou guia (às terças e sextas, às duas horas), obrigou-me a uma séria preparação. E a preparação passa também pela leitura de outras obras do autor – uma excelente oportunidade e desculpa para os livros dele que estavam cá em casa passassem à frente de outros… O primeiro, que li em dois dias, conta a história de um país onde não se pode morrer, de repente, e depois a história da própria morte apaixonada por um músico que de alguma forma conseguiu escapar ao momento da sua morte já fixado… Muito bom, com reflexões sobre o próprio romance e conversas com o leitor - um dos meus favoritos. Mais: «falar consigo é o mesmo que ter caído num labirinto sem portas, Ora aí está uma excelente definição da vida»p.205. Não resisto a citar ainda: «Os provérbios estão constantemente a enganar-nos, concluiu o cão»p.212.
Deste Mundo e do Outro, um conjunto de crónicas dos anos sessenta, tem textos belíssimos, outros nem tanto, mas ainda assim parece-me que muito do que ali se fala será mais tarde o húmus da sua escrita: as estátuas e os olhos, a morte, as injustiças, os sonhos e as estrelas… Mais: «A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver»p.40
Manual de Pintura e Caligrafia - ainda estou a ler, mas não estou a gostar tanto como dos outros... mas pode melhorar ainda. Ou não.
TV:
Prison Break** + Joan of Arcadia**** – RTP 1
A Guerra**** – Dois:
Prison Break (terceira temporada) acabou agora, mas parece que continua. Por mim, já tinha acabado na segunda. Não gostei desta, não me prendeu como as outras duas, que chegava a discutir com a Sandra e a Rita. Já A Missão de Joan era a minha série de sábado à tarde. E de repente desapareceu, para dar às tantas da noite durante a semana – episódios que não deram de tarde, parece-me. É uma série sem grande pretensiosismo, mas é gira por isso, pelos adolescentes e seus problemas e pela figura de Deus que aparece nas mais variadas figuras – e vai ensinando, fazendo reflectir.
Nas noites da Dois: passou a série A Guerra, que já tinha passado na RTP 1. Mais uma vez não vi na totalidade – mas vai sair em dvd com um jornal, não sei é qual. É uma excelente série documental sobre a guerra colonial – de libertação – do ultramar, de acordo com as várias perspectivas. E aparece lá o poeta que estudo na minha dissertação, Arlindo Barbeitos.
Música:
Mariah Carey: E=MC2***** o novo álbum da diva do r&b. Melhor que o anterior, parece-me, o multi-platinado e multi-premiado The Emancipation of Mimi, embora não tenho temas tão fortes como «We belong together», «It's like that» ou «Fly Like a Bird». Mas «Touch my body» já rendeu o 18.º n.º1 da Billboard (ultrapassando Elvis Presley), e «Bye Bye», o novo single, entrou para o n.º23 esta semana. E o álbum entrou directamente para o n.º 1. Sucesso garantido num disco que repete a fórmula vencedora do anterior, mas globalmente mais conseguido, com ritmos dançáveis, algumas baladas r&b, pop e soul. Destaco, das 14 canções: «I Stay in Love», «Side Effects», «I’ll be lovin’U long time», «Thanx 4 Nothnig», «For the Record», «Bye Bye», «I wish you well» (algumas estão no youtube, videos não oficiais ou actuações ao vivo). Mais topos nos tops e prémios parece-me que vêm a caminho. E gosto, porque parece que ao ouvi-la me mantenho mais jovem...
Cinema:
Sem grandes comentários, os filmes que vi este mês e que recomendo:
Melhor do que sexo**** - muito íntimo, quem o ver e souber da minha experiência actual percebe porque gosto deste filme. De Jonathan Teplitzky, com Susie Porter e David Wenham.
Astérix e Obélix nos Jogos Olímpicos**** - para rir é do melhor. Talvez não tão bom como o da Missão Cleópatra, mas ainda assim. O Brutos é que fica muito mal retratado, coitado.
Manderlay**** - a continuação de Dogville. De Lars von Trier, mas sem a Nicole Kidman. Mais uma vez para pensar porque é desconcertante e extraordinário.
Klimt*** - confesso que adormeci, estava cansado e deu muito tarde. Mas fui um dos filmes da RTP 1 de domingo à noite, que agora são dedicadas ao cinema europeu. Com John Malcovich.
Exposições:
A Consistência dos Sonhos*****
argumentos: a exposição da Fundação César Manrique sobre a vida e a obra de José Saramago, agora no Palácio da Ajuda, na Galeria de Pintura de Luís. Uma exposição com muitas pinturas (Graça Morais, David de Almeida, José Santa-Bárbara), fotografias (Carlos Relvas) documentos, jornais, epistolografia, manuscritos, edições portuguesas e estrangeiras, projecções com recurso a inteligência artificial (Charles Sandison), sistemas audiovisuais, objectos pessoais do autor e até a reconstituição do seu espaço de escrita, com a mesa e a máquina de escrever originais. É uma exposição para se demorar algum tempo - as visitas guiadas limitam-se a 45 minutos. Espero que a vejam, porque vale a pena! Ficam aqui os horários e acessos (mesmo se não for comigo, vale a pena, os meus colegas são extraordinários - alguns).
Livros:
1 – A Bíblia (Ezequiel, Daniel, Oseias, Joel, Amós, Abdias), Paulus ***
argumentos: continua a saga, com mais ou menos sacrifício ou prazer. Daniel e a cova dos leões, ou frases brutais como: «Gostavas de receber a paga de prostituta em qualquer eira de trigo.» (Os 9, 1) ou a hilariante frase «O espírito arrebatou-me e levou-me para a porta oriental do Templo de Javé, isto é, a porta que dá para Oriente.» (Ez, 11, 1). Mais do mesmo, um pouco repetitiva a ideia…
2 – Doze Casamentos Felizes, Camilo Castelo Branco, Parceria ***
argumentos: não me entusiasma o escritor, mas lá li por sugestão da Prof.ª Annabela Rita, num curso queirosiano. São doze histórias sobre casamentos, ou o antes deles, na maioria. E felizes, pois claro. Mais: «As mulheres, se não tivessem estas adoráveis esquisitices, pouco mais valeriam que os homens», p.88. E com passagens engraçadas: «havia uma Ximena, da qual ele contava uma tragédia mais horrível que o nome»p.58, lê-se bem e pode servir de companhia numa viagem.
3 – O Prazer da Leitura, A. A. V. V., Teorema/FNAC****
argumentos: livro que celebra o dia do livro. Dez contos por €4.00. Não gostei de todos, mas em lá, dos que gostei, João Aguiar, Lídia Jorge, Nuno Júdice, Manuel Jorge Marmelo, Filipa Melo, Francisco José Viegas, Rui Zink, e ainda Maria Teresa Horta, Luísa Costa Gomes e Mário Cláudio. Alguns dos contos falam da relação das pessoas com a leitura, com os livros, com as palavras. Mais: «Um escritor deve sempre acreditar que o seu romance irá salvar o mundo. Senão para que escreve ele? Se um livro não é feito para salvar o mundo, então mais vale, se calhar, nem o começar a escrever. O mundo já está tão cheio de maus romances… E até de bons romances. O mundo não precisa de mais livros.»p.214 (Rui Zink).
4 – A Voz Fagueira de Oan Timor, Fernando Sylvan, Colibri ****
5 – A Casa, a Escuridão, José Luís Peixoto, Temas e Debates****
6 – Túmulo de Heróis Antigos, Paulo Teixeira, Caminho ***
7 – Panfleto (Poético), António Cardoso, Plátano ***
8 – Economia Política, Poético, António Cardoso, Plátano ***
9 – O Gosto Solitário do Orvalho, Bashô, Assírio & Alvim ****
argumentos: muita poesia este mês – livros pequenos, claro está. Não comento um a um, mas destaco o do Peixoto e o do Fernando Sylvan. Poemas de todos eles nos links dos títulos. Ficam aqui alguns do Bashô, que li enquanto a Denise lia a Teresa Veiga:
separados pelas nuvens
dois patos selvagens
dizem-se adeus
*
admirável aquele
cuja vida é um continuo
relâmpago
10 – Eu Vim Para Ver a Terra, Maria Ondina (Braga), Agência-Geral do Ultramar *****
argumentos: o livro sobre o qual falarei no colóquio sobre Macau, se for seleccionado. Livro de crónicas, ao estilo colonial mas sem preconceitos ou ideologias imperialistas. Muito bonitas as crónicas sobre Angola, dorida a crónica sobre Goa, muito interessantes as referentes a Macau, cinzentas e tristes, em profundo contraste com as de Angola. Uma escritora que me parece irá fazer parte das minhas leituras futuras. Mais: «De avião as viagens têm sempre aquele carácter atraiçoada de pressa que é a chaga aberta do nosso século. Chegar depressa é com certeza envelhecer cedo, é, de qualquer modo, não ter tempo para ver, em para desejar, nem para sonhar. É estragar o prazer fascinante da viagem, seja ela a viagem de Luanda a Nova Lisboa ou, simplesmente, a viagem da vida.» p.46.
11 – Doutoramento Honoris Causa de Agustina Bessa-Luís e Eugénio de Andrade, FLUP****
argumentos: pronto, só porque eu apareço lá, numa foto, ao lado da Agustina e do então Reitor. Mas tem textos muito interessantes, dos novos Doutores, mas também das elogiadoras: Fátima Marinho descreve a obra em geral de Agustina, Maria João Reynaud fala de alguns lugares de Eugénio.
12 – As Intermitências da Morte, José Saramago, Círculo de Leitores*****
13 – Deste Mundo e do Outro, José Saramago, Caminho****
14 – Manual de Pintura e Caligrafia, José Saramago, Caminho *?*
argumentos: A Consistência dos Sonhos, a exposição do Saramago onde eu sou guia (às terças e sextas, às duas horas), obrigou-me a uma séria preparação. E a preparação passa também pela leitura de outras obras do autor – uma excelente oportunidade e desculpa para os livros dele que estavam cá em casa passassem à frente de outros… O primeiro, que li em dois dias, conta a história de um país onde não se pode morrer, de repente, e depois a história da própria morte apaixonada por um músico que de alguma forma conseguiu escapar ao momento da sua morte já fixado… Muito bom, com reflexões sobre o próprio romance e conversas com o leitor - um dos meus favoritos. Mais: «falar consigo é o mesmo que ter caído num labirinto sem portas, Ora aí está uma excelente definição da vida»p.205. Não resisto a citar ainda: «Os provérbios estão constantemente a enganar-nos, concluiu o cão»p.212.
Deste Mundo e do Outro, um conjunto de crónicas dos anos sessenta, tem textos belíssimos, outros nem tanto, mas ainda assim parece-me que muito do que ali se fala será mais tarde o húmus da sua escrita: as estátuas e os olhos, a morte, as injustiças, os sonhos e as estrelas… Mais: «A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver»p.40
Manual de Pintura e Caligrafia - ainda estou a ler, mas não estou a gostar tanto como dos outros... mas pode melhorar ainda. Ou não.
TV:
Prison Break** + Joan of Arcadia**** – RTP 1
A Guerra**** – Dois:
Prison Break (terceira temporada) acabou agora, mas parece que continua. Por mim, já tinha acabado na segunda. Não gostei desta, não me prendeu como as outras duas, que chegava a discutir com a Sandra e a Rita. Já A Missão de Joan era a minha série de sábado à tarde. E de repente desapareceu, para dar às tantas da noite durante a semana – episódios que não deram de tarde, parece-me. É uma série sem grande pretensiosismo, mas é gira por isso, pelos adolescentes e seus problemas e pela figura de Deus que aparece nas mais variadas figuras – e vai ensinando, fazendo reflectir.
Nas noites da Dois: passou a série A Guerra, que já tinha passado na RTP 1. Mais uma vez não vi na totalidade – mas vai sair em dvd com um jornal, não sei é qual. É uma excelente série documental sobre a guerra colonial – de libertação – do ultramar, de acordo com as várias perspectivas. E aparece lá o poeta que estudo na minha dissertação, Arlindo Barbeitos.
Música:
Mariah Carey: E=MC2***** o novo álbum da diva do r&b. Melhor que o anterior, parece-me, o multi-platinado e multi-premiado The Emancipation of Mimi, embora não tenho temas tão fortes como «We belong together», «It's like that» ou «Fly Like a Bird». Mas «Touch my body» já rendeu o 18.º n.º1 da Billboard (ultrapassando Elvis Presley), e «Bye Bye», o novo single, entrou para o n.º23 esta semana. E o álbum entrou directamente para o n.º 1. Sucesso garantido num disco que repete a fórmula vencedora do anterior, mas globalmente mais conseguido, com ritmos dançáveis, algumas baladas r&b, pop e soul. Destaco, das 14 canções: «I Stay in Love», «Side Effects», «I’ll be lovin’U long time», «Thanx 4 Nothnig», «For the Record», «Bye Bye», «I wish you well» (algumas estão no youtube, videos não oficiais ou actuações ao vivo). Mais topos nos tops e prémios parece-me que vêm a caminho. E gosto, porque parece que ao ouvi-la me mantenho mais jovem...
Cinema:
Sem grandes comentários, os filmes que vi este mês e que recomendo:
Melhor do que sexo**** - muito íntimo, quem o ver e souber da minha experiência actual percebe porque gosto deste filme. De Jonathan Teplitzky, com Susie Porter e David Wenham.
Astérix e Obélix nos Jogos Olímpicos**** - para rir é do melhor. Talvez não tão bom como o da Missão Cleópatra, mas ainda assim. O Brutos é que fica muito mal retratado, coitado.
Manderlay**** - a continuação de Dogville. De Lars von Trier, mas sem a Nicole Kidman. Mais uma vez para pensar porque é desconcertante e extraordinário.
Klimt*** - confesso que adormeci, estava cansado e deu muito tarde. Mas fui um dos filmes da RTP 1 de domingo à noite, que agora são dedicadas ao cinema europeu. Com John Malcovich.
Exposições:
A Consistência dos Sonhos*****
argumentos: a exposição da Fundação César Manrique sobre a vida e a obra de José Saramago, agora no Palácio da Ajuda, na Galeria de Pintura de Luís. Uma exposição com muitas pinturas (Graça Morais, David de Almeida, José Santa-Bárbara), fotografias (Carlos Relvas) documentos, jornais, epistolografia, manuscritos, edições portuguesas e estrangeiras, projecções com recurso a inteligência artificial (Charles Sandison), sistemas audiovisuais, objectos pessoais do autor e até a reconstituição do seu espaço de escrita, com a mesa e a máquina de escrever originais. É uma exposição para se demorar algum tempo - as visitas guiadas limitam-se a 45 minutos. Espero que a vejam, porque vale a pena! Ficam aqui os horários e acessos (mesmo se não for comigo, vale a pena, os meus colegas são extraordinários - alguns).