Não te falarei de mim e nem das minhas coisas
Não te guardarei mais no peito
Nem me guardarás mais dentro de ti
Nem os meus braços te farão sombras.
Não verás os dias da minha glória
Não saberás os meus novos sonhos e medos
Projectos novos e antigos feitos ou não.
Não os partilharei contigo.
Não me farás maior do que sou
Ou menor.
Não me vais proteger de nada, não preciso.
As cartas velhas não serão mais lidas
As músicas deixam de ter sentimentos
Figuradamente a elas associados.
Nem gelo, nem amoras nem velas
Não as terás comigo, nem eu contigo
Não haverá mais partilha de vida.
Nem festas, nem cócegas, nem carícias
Nem gestos, nem livros nem casa partilhada.
E se puder, nem o dia da minha morte verás.
Mas podemos tentar ser amigos, se insistes.
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