quinta-feira, maio 31, 2012

Desafio 12:5

Maio... o mês das flores, da Nossa Senhora, das cerejas... o mês mais louco do ano (pelo menos para já)!
Não há vida, não há tempo para grandes coisas... nem para pequenas!

Livros:

44. Roma Reconstruída, ArcheoLibri, 108p.****
45. Poesias de Vitorino Nemésio, Maria Madalena Gonçalves, Comunicação, 204p.***
46. Livro de Mágoas, Florbela Espanca, organização de Cláudia Pazos Alonso e Fábio Mario da Silva, 152p.***
47. Quo Vadis?, Henryk Sienkiewicz, JN, 446p.*****
48. Septimínio e outros poemas, Alexandre Passos, Centro Cultural do Alto Minho, 36p.**(*)
49. Regresso à Patagónia, Bruce Chatwin e Paul Theroux, Quetzal, 74p.****(*)
50. Pequenas Histórias do Fim do Mundo, Vários, Prefácio, 102p.****
51. O Leão e o Coelho Saltitão, Ondjaki, Caminho, 42p.***
52. Ynari, A Menina das Cinco Tranças, Ondjaki, Caminho, 46p.*****
53. A Mãe que Chovia, José Luís Peixoto, Quetzal, 62p.*****

Filmes:

95. It's Complicated, Nancy Meyers****(*)
96. Zack & Miri Make a Porno, Kevin Smith***
97. The Twilight Saga: Breaking Dawn 1, Bill Condon***
98. Faces in the Crowd, Julien Magnat****
99. In Time, Andrew Niccol****
100. The Caller, Matthew Parkhill**(*)
101. The Brothers Bloom, Rian Johnson*****
102. The Duchess, Saul Dibb****(*)
103. Jamón, Jamón, Bigas Luna***
104. Les Edades de Lulú, Bigas Luna***
105. Memento, Christopher Nolan****(*)
106. Get Low, Aaron Schneider***
107. Serious Moonlight, Cheryl Hines***

Outros:

Spartacus: Vengeance: excelente continuação, com um Liam McIntyre que substitui bem Andy Whitfield, apesar de algumas diferenças notórias. Regresso das armadilhas, esquemas e até loucura de Lucretia e Ilithya, da exposição muito à frente de Glaber, de uma Mira muito interessante. Sexo, nudez, sangue, morte (horrorosas, fenomenais - a de Seppia nas mãos de Ilithya, tocantes - a de Mira),  a garantirem o impacto de dez episódios muitos bons (sobretudo o terceiro e o décimo!). Muita coisa fica em aberto, ainda, mas a pergunta que realmente se impõe é: será que foi mesmo desta vez, depois de se atirar do penhasco, que a Lucretia morreu?

Coldplay no Porto - ver aqui e aqui. E sem mais, só quem foi sabe o que foi.

Apresentação do livro A Confissão da Leoa, com Mia Couto. Na BLCS, um momento interessante de audição de um dos meus autores favoritos, com a sua tranquilidade, sabedoria, mundividência diferente, confluência de mundos e áreas do saber, magia, literatura... Com direito a autógrafo, depois de ter d eouvir também Fernando Pinheiro dizer uma ou outra coisa interessante...

Houve também Alice Vieira no colégio, mas mal a vi. E Ana Bacalhau, pois claro, que adorei conhecer e "entrevistar" ;)

quarta-feira, maio 30, 2012

Coldplay no Porto (2)

Sem palavras, ficam as imagens (com a pulseira da Ariana, a minha é amarelinha e ainda vai funcionando...)









Muitos vídeos no sítio do costume! Destaco: «Viva la Vida», que foi um momento mágico, e «Violet Hill», uma das minhas favoritas!

4 poemas de Vitorino Nemésio

Correspondência ao Mar

Quando penso no mar
A linha do horizonte é um fio de asas
E o corpo das águas é luar;

De puro esforço, as velas são memória
E o porto e as casas
Uma ruga de areia transitória.

Sinto a terra na força dos meus pulsos:
O mais mar, que o remo indica,
E o bombeado do céu cheio de astros avulsos.

Eu, ali, uma coisa imaginada
Que o eterno pica,
Vou na onda, de tempo carregada,

E desenrolo:
Sou movimento e terra delineada,
Impulso e sal de polo a polo.

Quando penso no mar, o mar regressa
A certa forma que só teve em mim -
Que onde ele acaba, o coração começa.

Começa pelo aro das estrelas
A compasso retido em mente pura
E avivado nos vidros das janelas.

Começa pelo peito das baías
Ao rosar-se e crescer na madrugada
Que lhe passa ao de leve as orlas frias.

E, de assim começar, é abstracto e imenso:
Frio como a evidência ponderada,
Quente como uma lágrima num lenço.

Coração começado pelos peixes,
É o golfo de todo o esquecimento
Na mínima lembrança que me deixas,

E a Rosa dos Ventos baralhada:
Meu coração , lágrima inchada,
Mais de metade pensamento.

***

26.
O anoitecer situa as coisas na minha alma
Como as cadeiras arrumadas
Quando os amigos partiram.
Meus degraus ainda têm a passada do adeus,
Lá quando uma palavra cria tudo,
E o resto, fechada a porta,
É posto nas mãos de Deus.
Então, à minha janela,
Tudo repousa e larga o aro dos conjuntos,
Tudo vem, com um gesto secreto e confiado,
Pedir-me o molde e o amor do isolamento,
Como se um desconhecido
Passasse e pedisse lume
E eu, sem reparar, lho estendesse:
Quando quisesse conhecê-lo,
Só a minha brasa ao longe,
Na noite que se faz pelo peso dos rios
E vive de fogo dado.
Assim nocturno, sou
O suporte de quem não tem para consciência,
Que é como não ter para pão:
As coisas cegas
Prendem-se a mim,
Ao meu olhar, que é único na noite
Pelo seu grande alcance de humildade,
E fico cheio delas,
Como estes sítios ermos, junto de uma cidade,
Cemitérios de tudo, lugares para cães e bidons velhos;
Fico cheio da pobreza e do sinal das coisas,
Como um retrato de gente pobre é pobre e gauche
(Vale a recordação),
Mas sinto-me, ao mesmo tempo, seco e cheio de tacto
Como se fosse o seu bordão.
***




Poema de Outra Viagem ao Porto


Noite movida, meu corpo é uma hora antes
Caixa de sangue pronta a amplo socorro.
Eu vou como as manhãs e as sarjas aos doentes:
Sou eu mesmo que morro.
Falto como o menino à vida, escola de ermos.
Quem me dará meus anos, se os perdi?
Só Deus tem paz onde homens gume e fogo,
Do mais não resolvi.
Aqui lá de astro quem
Sobre as águas adusto,
Que nem vendo direi se cumpro ou rego flor?
Tu darás às palavras o que é delas
Como altura com vidros dá janelas
E amor é quando se tem.
Assim te reproduzes.
No redondo das rosas adianto
Como tempo é minha alma por jardim.
Agora não sei mais. Vou para o Porto
Timbre de honra é morar limpo no espanto.
Eu pessoalmente morto.

***

TUBO DE ENSAIO

Árvores do Canadá, uma por uma,
A caminho de Otawa, de autocarro,
Propõem seus galhos hibernais ainda
À minha angústia já primaveril.
Com tão pouca matéria a fotossíntese,
Que oxigénio de amor espero eu delas,
Com que carbono as poderei amar?
Porque, enfim, eu morrendo dou-me aos bosques,
A tal selva de Dante é a dor da espécie,
E o mezzo dei camin aqui passar.
Só é estranho que fracos pensamentos
Eu verta nestes tubos de ensaiar:
Eu, que, por causa de Escherichia Coli,
Quase não sei (como se diz?) — meiar...
A Poesia é um louco laboratório,
E eu dispo a bata para não chorar.

Poesias de Vitorino Nemésio, por Maria Madalena Gonçalves, Lisboa: Comunicação, 1983: p. 83-84, 97, 174, 184

sexta-feira, maio 18, 2012

Coldplay no Porto

Aqui fica a lista selcionada nos últimos dias das canções, à razão de duas por disco, que gostaria de ouvir/cantar/sentir amanhã no Estádio do Dragão:


«Trouble»



«Everytinhg's not lost»



«Amsterdam»




«Politik»



«A Rush of Blood to the Head»



«The Scientist»



«Fix You»



«Violet Hill»



«Viva la Vida»



«Glass of Water»



«Now my feet won't touch the ground»



«Princess of China»



«Hurts Live Heaven»


e, para terminar em (ainda mais) beleza:


«Clocks»

sexta-feira, maio 11, 2012

Bernardo Sassetti (1070/2012)

«conheci» Sassetti com o filme Alice. A história ia-me estrangulado com o medo da perda, Nuno Lopes e Beatriz Batarda faziam-me chorar porque a dor era real, os planos e a fotografia da cidade de Lisboa, a realização impecável de Marco Martins, o momento em que parece que tudo se resolve e se tem medo de sofrer mais... um peso, uma força... tudo servido pela música perfeita de Sassetti. Muitas vezes ouço o disco, que vale por si mesmo. E gosto-o tanto. E depois há coisas assim, partidas tão inesperadas quanto as da ficção e das artes!





 

quinta-feira, maio 03, 2012

V Sarau Cultural

9 de maio de 2012
Parte I
21h00 – Das Palavras: «Secretas vêm, cheias de memória», Eugénio de Andrade – Isabel Fidalgo

21h05 – Convidada: Ana Bacalhau - Deolinda (moderação por Marta Barreto e Tiago Aires)

Tema: A palavra

Parte II

22h00 – «Palavra Favorita» - 12.º E/F (projeção vídeo)

22h05 - «Tributo aos Deolinda» –  12.º B

22h20 - Ensemble de cordas do Colégio

22h25 – «Mensagem de dor de Rute Mendes» Adriana Silva, Marta Pires, Beatriz Abreu e José Pedro Ribeiro - 11.º B

22h30 – «Velho» de Mafalda Veiga –  9.º ACDE e 11F
22h35 – «Todo o tempo do mundo» de Rui Veloso – David Duque -11.º E, Diogo Jorge Silva -11.º E, José Pedro Ribeiro -11.º B.

22h40 – Medley de dança - Mariana Patrício e Miguel Cunha - 9.º D
22h45 – «Meras palavras» –  12.º A

23h00 - Encerramento