terça-feira, maio 24, 2005

parabéns a mim: rescaldo

muito obrigado por se terem lembrado de mim. Tó e Celine que me foram aliviar do trabalho, Marta e Patrícia que me cantaram os parabéns no bar, pessoal de Poiares (fantásticos), maninha querida, Su e Marisa, que às onze da noite me levaram um bolinho com as velas e me cantaram os parabéns... tolinhas :)

p.s- o bolo era bom.
su, hoje estou a usar o perfume que me deste ;)

segunda-feira, maio 23, 2005

parabéns a mim...

que belo dia, aquele em que fiz teste de História da Língua Portuguesa II, fiz trabalhos de Literatura Portuguesa VI e tive aula de Teoria da Literatura II prática...
ah, e em que fiz anos...

terça-feira, maio 17, 2005

Festival Eurovisão da Canção

longe vai o tempo em que Portugal parava para ver e ouvir o espectáculo musical que nos mostrava as tendências europeias neste campo. Hoje (ou de alguns anos a esta parte) o festival tem cada vez menos impacto, audiência e importância.
Eu, nascido nos longínquos dias de Maio de 83, ainda sou daqueles que assistem ao festival, porque acredito no valor da música, gosto da diversiddade europeia e adoro o stress final das votações. Porém, o stress já não é assim tanto, pois Portugal fica sempre nos últimos, a diversidade está a perder-se porque quase todos cantam em inglês e o valor da música que lá se apresenta nem sempre é existente...
Enfim, Portugal até pode ir potente (Sofia, Rita Guerra...) ou levar músicas giras (MTM...) mas... Excepção feita a Lucia Moniz, com uma música bonita, aliada à simpatia e aos instrumentos tradicionais portugueses, levaram Portugal a ter a sua melhor classificação de sempre.
Os meus favoritos, para variar, nunca ganham. Há dois anos era um grupo belga com um dialecto inventado de propósito, muito étnico, que ficou em terceiro lugar. O ano passado era um casal que cantava "at the end ofthe road"(...), cuja nacionalidade não me lembro, mas eram de leste... Era uma múscia divertida, ritmada, que misturava no final umas subidas de voz femininas tipo ópera!
E pronto, não comento a nossa bela música deste ano... pois ééééééé...................................

poema que condensa os meus mais recentes motivos poéticos

Penélope
sentada à beira-mar
como amoras negras
para espantar a solidão.

segunda-feira, maio 16, 2005

sexta-feira, maio 13, 2005

lamento pela morte de um navegador

continuaremos juntos pelas ondas
e veremos sempre o mar azul
como se nada mais existisse no mundo.
veremos as chuvas e as cores do céu
sentiremos as cores da terra longe
e as vidas, sons e sabores estrangeiros.
continuaremos e ouviremos toadas
e sentiremos a fome de tudo.
porque se as ondas te reclamaram
também eu reclamar-te-ei
em todas as viagens e em todas as paragens.

29 abril 2005, numa aula de lit. bras.

quarta-feira, maio 11, 2005

o poema do post anterior

é verdadde, a marta foi co-autora do poema... mas não sabia que ela queria ver a sua veia literária exposta...

temos de dizer, claro, que a estrutura de base é de um (lindíssimo) poema de Sophia:

Soror Mariana-Beja

Cortaram os trigos. Agora
a minha solidão vê-se melhor.

(in: O Nome das Coisas, 1977)

terça-feira, maio 10, 2005

pequeno poema

plantaram árvores em frente à minha casa.
um dia, a minha solidão terá sombra.

segunda-feira, maio 09, 2005

queima 2005

A queima já era, e começa uma fase em que temos de "morrer para o mundo".
Foi a última, enquanto estudante (de uma licenciatura), por isso houve coisas que tiveram um sabor especial: a Serenata continua a ser uma seca, mas lá teve uns momentos (leia-se: instrumentais) que me emocionaram; o jantar de EP, muito simples mas ao mesmo tempo importante, como sempre; a Consti trajada pela primeira vez; a missa fantástica, com a agitação das fitas e as músicas e danças africanas; a imposição das insígnias que levou às lágrimas algumas pessoas, sobretudo com a fantástica (quase cantada, quase tocada) Faculdade, da nossa magnífica Tuna Feminina de Letras, mas também com a cartolação... E o cortejo foi o mais divertido de sempre!
E como isto já era muita inovação, o resto da semana foi igual ao costume: não fui nenhuma noite, a não ser quinta, ver os Da Weasel, que a minha prima adora. Neste dia recordei o facto de não gostar do conceito queima à noite e apercebi-me por que razões não costumo ir ao queimódramo desde o segundo ano de faculdade. Sem comentários: a reacção da Su quando viu a Marta.
E se para o ano há mais, para nós, caros finalistas de EP, será diferente. Seremos outsiders, o efeito nunca será o mesmo (tirando o efeito do álcool em algumas pessoas, certo?), mas aquilo que vivemos estes quatro anos fica ad aeternum

e depois a nossa bandeira é que tem história...

A bandeira da Grécia baseia-se em nove listas horizontais iguais de azul que alternam com branco. Existe um quadrado azul no canto superior designado por cantão, que contém uma cruz branca. A cruz simboliza a ortodoxia grega, a religião tradicional do país, e cada uma das nove listas corresponde a uma sílaba da frase "Liberdade ou Morte" (Ελευθερία ή θάνατος). As proporções oficiais da bandeira são de 7:12.
O esquema de cores de azul e branco foi pela primeira vez usado na década de 1820, mas a forma actual só foi adoptada como bandeira nacional em 1978. Anteriormente, num azul mais escuro, a bandeira era apenas usada no mar e pela marinha mercante, e a bandeira nacional era uma simples cruz branca em fundo azul.

(adapatado de uma enciclopédia livre)

quinta-feira, maio 05, 2005

mais coisas giras de o Colar (III)

"e eu esperei-te em todas as esperas.

por isso não direi que eu te perdi
quando voltar a voz das primaveras."

"Eu sou como os romances de cavalaria."

"é muito perigoso não conhecer a vida."

poema que Lord Byron diz no final de O Colar (II)

Não iremos mais juntos divagando
Pela noite fora
Embora a lua brilhe tanto como outrora
Embora como outrora
Não cesse do amor a voz uivante
Que me devora

Pois o coração gasta o peito
E a espada gasta a bainha
O tempo rói o coração desfeito
E a alma é sozinha

Embora a noite sempre peça amor
E o dia volte demasiado cedo
E o luar corte como espada nua
Não irei mais em pânico e segredo
Sob a luz da lua.

De leitura obrigatória (I)

Imagine-se Veneza "que é sobre água construída". Canais, gôndolas, cantores fazendo serenatas às donzelas. Noite calma e azul.
Imagine-se uma jovem apaixonada pela "sombra da mais bela maravilha de Veneza", um fidalgo que canta às donzelas que logo se apaixonam por si.
Imagine-se uma rosa que os une. E corações que se partem e se têm nas mãos. Porque "para quem hesita, só há solidão".
Imagine-se também uma empregada fiel e esperta; um tio preconceituoso; e um colar ("A secreta luz do anismo do mar, agora rodeia o meupescoço e ilumina a minha cara e todo o meu corpo.") mandado por um pretendente mais velho.
Imagine-se um jantar com cheiro a mar, onde se bebe champanhe com rodelas de pêssego, onde surgem conversas paralelas e vários incidentes.
Imagine-se um encontro entre os dois, em que o primeiro amor sai derrotado e se salienta a sabedoria dos mais velhos.
Imagine-se Lord Byron aparecendoe dizendo um poema que expressa a solidão do ser.
Não se imagine mais. Leia-se: O Colar de Sophia de Mello Breyner Andersen, Editorial Caminho, 2001 (já que a única encenação da peça foi em 2002, pela Cornucópia, e foi absolutamente fantástica.)

quarta-feira, maio 04, 2005

para a Tereré:), mas também para quem me apresentou Al Berto

o Medo (2) - Al Berto

14 de Janeiro
todo o santo dia bateram à porta. não abri, não me apetecia ver pessoas, ninguém.
escrevi muito, de tarde e pela noite dentro.
curiosamente, hoje, ouve-se o mar como se estivesse dentro de casa. o vento deve estar de feição. a ressonância das vagas contra os rochedos sobressalta-me. desconfio que se disser mar em voz alta, o mar entra pela janela.
sou um homem privilegiado, ouço o mar ao entardecer, que mais posso desejar? e no entanto, não estou alegre nem apaixonado, nem me parece que esteja feliz. escrevo com um único fim: salvar o dia.

sonho que tive esta noite

hoje, se o sol não nascer à hora do costume, fui eu que morri.
e por isso a luz foi toda comigo, porque eu sou o centro do universo
o deus do calor e da luz das vossas vidas todas.

(sonho que tive esta noite, em que eu dizia isto a alguém e depois atirava-me de uma falésia... acima)