segunda-feira, setembro 27, 2010

Delírio sentimental à hora do almoço como se fosse crepúsculo


(com pôr-do-sol em Poiares com vista para o Marão)

Amo-te, porque todos os dias te vejo na ausência. Na indiferença.......... Porque o ser é o antes. E porque já não espero, porque a solução é fugir. Agora os dias são mais lentos e imaginar não comanda. Saber-nos é chegar ao fim. Sair é deixar-me aqui perdido e deixar que fiques incólume, até que um dia nada mais sejas que uma recordação difusa, mas doce. Nesse dia, não serei eu.................................. Depois, de súbito, as mãos, que nunca se deram, dir-se-ão adeus. Definitivo é o encontro. A morte traz o som, a regra................... o labirinto. Saudade é não saber o que o futuro nos reserva do passado. De resto, basta.................................... Nada do que possa agora ser dito fará diferença. Muito o foi já. E silenciado. Tanto ficou por escrever que o esforço seria mais tanto. Encontrar o comum é agora impossível duplamente. Que a verdade seja una e o sentimento vário e vasto..............................................................................


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