(Escre)ver-me
Nunca escrevi
sou
Apenas um tradutor de silêncios
A vida
Tatuou-me nos olhos
Janelas
Sou
Um soldado
Que se apaixona
Pelo inimigo que vai matar!
Fevereiro de 1985 – in Raiz de Orvalho
*
Tinha tanto...
Tinha tanto medo de solidão
que nem espantava as moscas
(inédito)
*
a cidade...
A cidade emagrece no osso da criança.
A fome nos deixa a boca deserta
Tudo está morto,
falta morrer o cemitério.
(inédito)
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