1-feq
2-piscina da quinta
3-vista da casa da ermida)
Tormes 2005
Pois aqui fica o comentário a uma semana muito boa… podia ter sido melhor… ao lerem percebem porquê…
Domingo: cheguei à Ermida às 9:42, vindo da Régua. A Marta chegou um minuto depois, vinda do Porto. Com ela vinha a Filipa, de Setúbal (Uni Évora). Conhecemos algum do pessoal e não deu para ver quase nada da quinta… O meu colega de quarto era o Manuel, professor-estudante caboverdeano, muito divertido. O meu quarto era bastante grande, ao contrário de outros…
A quinta é muito gira! Grande jardim, piscina, o rio de um lado, as linhas do comboio do outro, a casa dos moinhos do rio Teixeira :), a casa do Túnel,…
Segunda-feira: o pequeno almoço era servido às 8:15, às 9h estávamos no autocarro, às 9h30 estávamos na Fundação, após um agitado percurso pelo “pavimento degradado” (assim rezavam as placas da estrada).
A Fundação está sediada na antiga casa que a mulher de Eça recebeu de herança. Eça não chegou a viver lá, só passou por lá algum tempo, a ver o estado da quinta (que era muito mau…). Agora está fantástica: a quinta produz o Vinho de Tormes, os lagares: de um lado foram transformados na loja de recordações, do outro foram transformados num pequeno auditório e na fundação em si. A casa foi mobilada com coisas vindas da casa de Eça em Paris, pouco do lá estava era da própria casa.
Sessões de trabalho: das 9h30-11h00, 11h30-13h00; 15h00-17h00.
No primeiro dia a Professora Beatriz Berrini (Brasil) falou-nos de A Relíquia e deu-nos uma panorâmica geral sobre a obra de Eça. De tarde a Dª Maria do Carmo, a mulher do falecido filho de Eça, e presidente da fundação, leu um artigo de Helena Cidade Moura sobre a cidadania na obra do autor; vimos um filme sobre ele (o pessoal quase todo a dormir), visitámos a casa.
À noite fomos jantar à Casa do Lavrador: jantar à século XIX: arroz de feijão com pataniscas de bacalhau e leite-creme de sobremesa. Todos adoraram o menu e o sítio, que tinha uma espécie de pequeno museu, e candelabros (não havia electricidade, nem lavatório – tinha de ser um com um jarro, e as casa de banho é melhor nem comentar…).
Altas conversas com a Marta, Manuel, Ana (Covilhã, Uni Lisboa) Paula e Cláudia (as manas dos Açores)…
Terça-feira: De manhã: Beatriz Berrini a falar de A Relíquia (o pessoal desesperou um bocado…). Fizemos um trabalho de grupo sobre o primeiro capítulo da obra. De tarde foi a Professora Fátima Outeirinho (Univ. Porto), que nos falou do Eça cronista – muito bom!
Na quinta, alguns foram à piscina – mas esteve um tempo ranhoso durante o curso! Eu, a Marta e o Robert (EUA) fomos em demanda :) dos moinhos do rio Teixeira e só encontramos franceses… Grande noite de cantorias dos brasileiros e dos caboverdeanos. Altas conversas até tarde: eu, Marta, Ana.
Quarta-feira: a manhã foi de… Beatriz Berrini! O Quixotesco e o Pícaro em… A Relíquia! De tarde concluímos o Eça Cronista.
Tivemos também um passeio por St.ª Maria de Cárquede e por Resende, onde jantamos (o vinho, meu Deus, era da Quinta do Carqueijal, produzido e embalado na Quinta da Seara d’Ordens – Poiares!); vimos também uma exposição de fotografia. Choveu bastante. Altas conversas, agora mesmo a sério, até altas horas, no quarto da Marta, entre nós, o Manuel, a Cláudia e a Paula.
Quinta-feira: a recepção de A Relíquia, pela professora Beatriz Berrini e ainda um pouco de A Ilustre Casa de Ramires. De tarde, Maria João Reynaud falou sobre “No Moinho”. (r. b. pelo menos seis vezes…). Falou muito comigo antes da sessão… Adormecidos: dez pessoas, incluindo a Dª Maria da Graça; foi hilariante!!!
Tivemos depois uma visita a Baião. Fomos a uma Feira de Artesanato onde praticamente só havia comida e vinho… Vi o Ricardo, um colega meu da Residência e da FLUP… Jantámos lá, e fomos surpreendidos por um trio popular: acordeão, ferrinhos: o delírio ver caboverdeanos, brasileiros e a indiana a dançar aquilo…
Já na quinta, grande loucura a última noite: invasão dos quartos do pessoal, cantorias cá fora, agora também em Português Europeu.
Sexta-feira: A Professora Fátima Marinho falou-nos de A Ilustre Casa de Ramires, sobre o dandismo e um pouquinho sobre o conto “A Perfeição”. A Prof. Reynaud e a Prof. Marinho foram substituir a Professora Isabel Margarida Duarte, que ficou doente:(
Fomos levar o pessoal ao comboio das três e meia para o Porto, alguns deles ainda tiveram coragem para comprar cavacas de Resende (comíamos aquilo todos os dias ao pequeno-almoço!). Às quatro e meia fui eu apanhar o comboio para a Régua. As açoreanas foram comigo, mais a Rita (Univ. do Algarve) e a Manju (Índia – a fazer uma tese sobre Saramago!)…
Tenho ainda de referir as pessoas do curso, que me ensinaram coisas e me marcaram: Ana Varela (S. Tomé), Rebecca (EUA), Lúcia (Brasil, a estudar agora na Uni Porto), a Da Luz (Cabo Verde), Fátima (Brasil), Sara (Braga), Manuel (Cabo Verde), Manju (Índia), Robert (EUA), Telma (Coimbra)… enfim…
em especial: Filipa, Paula, Ana Sofia e a minha Martinha…
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