O antigo eu, aquele que via no Natal algo mais. Este ano estou com uma descrença nas coisas tradicionais. Nos anos anteriores não era quem fazia decorações porque não estava em casa. Agora estou e também não fui eu quem os fiz, não fui convocado nem para uma única opinião. As luzes de natal em Lisboa não foram muito mais do que isso, luzes, bonitas mas não são as minhas, as das minhas raízes. Também não comprei os presentes, foi a minha irmã sozinha no Porto. Não nada. A festa vai ser me casa da minha avó, como sempre. Vinte e duas pessoas (porque já vieram quatro do Brasil em Setembro, vêm agora mais quatro, também do Brasil, definitivamente.). Mas nem a família é já a mesma, porque a agora que estou mais cá apercebo-me e contam-me coisas que me envergonham de alguns deles. Nem os cd de Natal rodam tanto, nem o a All I Want For Christmas faz grande sentido este ano. Nem a leitura da antologia de Natal traz aquele espírito de alegria… Talvez também não queira. A ceia assemelha-se-me uma coisa pesada e sensaborona, os doces já não em encantam há muito, tirando os sonhos. As prendas do costume, a missa à noite (a que só vou eu e a minha madrinha), as discussões mais ou menos amenas, o calor infernal da sala cheia de gente e com lume que me faz aparecer frieiras nos dedos. Estou um pouco cansado disto, mas também não pode ser de outra maneira.
2 comentários:
Sabes o qt não aprecio a quadra :s mas este ano ainda está a ser pior. Sem tempo sequer para olhar para as iluminações...sem tempo para querer parar, o que me parece mais assustador.
Vá lá recupera algum do teu entusiasmo pela época...senão deixo de acreditar no pai natal ;)**
vcai ser difícil, mas vou tentar.
Enviar um comentário