Última noite em Lisboa, a cidade que me acolheu este ano, algumas noites por semana. Acolheu-me mais a mim do que eu a ela, é a verdade. E tanta coisa passada, aprendida, vivida. Idas ao oriente e à baixa, o aeroporto, a cidade universitária, o world trade center, sete rios/jardim zoológico, parque Eduardo VII. O natal de Lisboa, a Primavera quente, o Verão chuvoso… O professor Alberto Carvalho: o susto da sageza e do rigor com a humaníssima figura (revelada ainda mais no jantar de final de ano, num chinês), a professora Vânia Chaves: a disponibilidade de ritmos alucinantes e a iniciadora na leitura efectiva (afectiva) de Guimarães Rosa, a professora Isabel Rocheta: a tranquilidade confiante de uma grande senhora, a professora Margarida Braga Neves: a discursividade apaixonada pela literatura de uma pessoa extraordinária, a professora Ana Mafalda Leite: pós-colonialismos e assim… A família de Lisboa que fui conhecendo melhor: Tia Maria Alice, David, Inês, Manela, João Pedro, em especial: André e Esmeralda (e o Jimmy, o único cão de que gosto porque percebeu que eu não gosto de cães). Muita coisa levo daqui, e muito mais poderia levar se tivesse ficado cá sempre. Mas o melhor de tudo: os amigos que eram primeiro colegas: João, António, Tatiana, Sónia, Rita, António Jorge, e do seminário do Ensino da Literatura: a Denise, a Vera, a Dora, e em especial a Conceição. Mas mais ainda, a Blanca e as minhas duas meninas de stresses e conquistas em comum: Manuela e Carla. Agora que chegaram finalmente as férias, e ao despedirmo-nos, já sentímos a falta de saber estarmos juntos dali a uma semana, em mais um seminário, a discutir trabalhos e a falta de tempo para os fazer como devia ser, ou a dificuldade de escrever com mais rigor, ou tudo. Um fim-de-semana em Pombal ficou mais ou menos alinhavado, pode ser que sim. Agora, que as férias estão presentes (embora ainda tenha trabalhos para fazer e entregar) é tempo de recuperar de muitas coisas, viagens longas, noites mal dormidas, leituras outras que foram sendo relegadas para esta altura, mas também é tempo de começar a pesquisar para a dissertação, arrumar ideias e textos, fazer algumas etiquetas e rótulos.
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