quarta-feira, julho 11, 2007

maravilhas




Com muito aparato (e também algum ridiculismo) lá se fez a eleição das 7 maravilhas de Portugal e do Mundo. Embora não comentando coisas demasiado óbvias, não posso deixar de lamentar a ausência de um monumento do Porto (eu preferia a Igreja de São Francisco, mas os Clérigos são mais emblemáticos, sim), o que demonstra um certo desinteresse do Porto por estas coisas…Eu tinha votado em: Palácio de Mateus de Vila Real (é Vila Real, pronto), Igreja de São Francisco do Porto (fantástica, e é do Porto), Igreja e Torre dos Clérigos (idem), Mosteiro de Alcobaça (pelo gótico e magnificência e por guardar os protagonistas da história de amor mais conhecida em Portugal), o Mosteiro dos Jerónimos (verdadeira obra-prima), o Templo Romano de Évora (mais recordações pessoais e pela herança Romana, ou em alternativa, o Convento de Cristo em Tomar…) e o indiscutível Palácio Nacional da Pena em Sintra (nem preciso de comentar, claro). Os que foram escolhidos não estão mal, embora dois para Lisboa me pareça muito e o Castelo de Guimarães me pareça demasiado valorizado.
Mariza extraordinária, acompanhada por Camané, Rui Veloso e Carlos do Carmo: a real nata da boa música portuguesa (só faltou Rodrigo Leão e os Madredeus).



As sete maravilhas do mundo: a escolha talvez seja mais difícil e mais perspectivas se pudessem levantar sobre elas. A minha votação foi obviamente pensada embora pudessem ter sido outros locais os escolhidos. Votei em: Acrópole de Atenas, Petra na Jordânia, Stonehenge na Inglaterra, Alhambra em Granada, Estátuas da Ilha da Páscoa, Taj Mahal em Agra na Índia, Torre Eiffel em Paris. Indiscutível a importância da Muralha da China, ou de Machu Picchu, mas a Estátua do Cristo Redentor deixa-me muitas dúvidas: e a certeza de que houve um interesse económico-turístico muito forte por detrás por parte dos brasileiros que, como sabemos, são imensos. O Coliseu de Roma também me parece um pouco ridículo, até porque foi a única maravilha da Europa que foi escolhida (eu escolhia quatro… embora pudesse largar a Torre Eiffel), quando a mais representativa do modo de ser europeu e até ocidental é, sem sombra para dúvidas, a Acrópole de Atenas, onde, no fundo, nascemos para a intelectualidade.
Do espectáculo em si, salientam-se os apresentadores, muito simpáticos, os filmes de promoção do pais, a Dulce Pontes com o José Carreras, Alessandro Safina, embora a Jennifer Lopez e Chaka kan (?) me parecessem um pouco deslocadas de tudo aquilo.



Mais uma vez, tal como noutras votações (lembram-se dos Grandes Portugueses?) as escolhas são discutíveis e problematizadas. Ficou a promessa de colocar estes locais nos livros de História e tentar conservá-los. Bem, alguns já têm vantagem: a Acrópole e o Coliseu, pelo menos, já estão nos livros há muitas décadas. Os outros, e daqui até isso ser feito… E não nos esqueçamos que ser nomeado uma das maravilhas do mundo não quer dizer que signifique prevalecer no tempo com existência física (das antigas maravilhas só sobreviveram as pirâmides do Egipto!).





Vêm aí as maravilhas da natureza. Mais um pónei, talvez, mas mesmo assim não deixem de votar. Eu voto!

Sem comentários: