terça-feira, maio 11, 2010

para quem vê


Dizem que de fora se vêem melhor as coisas. Parece que sim. Ou pelo menos os que vivem um pouco mais fora da minha vida viram. É que por vezes torna-se-me difícil disfarçar. Alunos do oitavo ano perguntaram-me se estava doente. Um colega de Português um pouco mais distante preocupou-se e questionou-me se estava tudo bem, e uma outra, da mesma área, se eu tinha dormido bem. Mas aqueles que realmente importam não notam, não se interessam ou não questionam. E ainda bem, porque não gostaria de falar-lhes de vida e morte, estadias e partidas, viagens eternas. Até porque as certezas são tudo o que não tenho.


Estou doente, sim, mas isto passa. E tenho dormido muito bem, estranhamente. Acho que é já uma certa aceitação. Valham-nos os girassóis. Porquê? Não sei, mas são bonitos e gosto de vê-los. Ou talvez porque ver de frente o sol nos cega - embora eu já tenha perdido as pretensões a ser o sol de quem quer que seja.

4 comentários:

marta disse...

Eu vejo...

carol m disse...

Oras, você não assiste aos seriados médicos? hipersonia pode ser sintoma de depressão...

tulisses disse...

pois pode, mas eu não ando deprimido. eu sou :)

mas vejo que já consegues comentar :)

tulisses disse...

eu sei que vês, às vezes demasiado. ainda bem que ainda consigo ser opaco em algumas situações :)