Irrita-me profundamente o sucesso actual do André Sardet. Não que eu não goste do moço, nada disso, e antes ele que Floribella, D’ZRT e coisas assim… A verdade é que eu já fui fã dele, quando cantava «Perto, mais perto» do peculiar álbum Agitar antes de usar, na altura em que quase ninguém lhe ligava nenhuma… Seis platinas por um disco em que nem sequer está no seu melhor, enquanto voz: sim, ele canta um bocadinho melhor no estúdio… Está provado cientificamente que os portugueses gostam das músicas que menos qualidade literária têm. As duas músicas mais badaladas de André Sardet, neste momento (e em quase toda a carreira, excepção feita a «Perto, Mais Perto» e «O Azul do Céu»), tem defeitos de escrita, ou antes, alguns pontos fracos… Curiosamente é o refrão, tanto num como noutro exemplo, que deixa a desejar uma construção de um sentido viável.
«Foi Feitiço»:
Eu não sei o que me aconteceu
Foi feitiço!
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim
De alguém como tu
Bem, a única coisa a apontar é a estranheza a roçar a loucura que o acto de amar determinada pessoa provoca no enunciador. Tudo bem, foi feitiço, e não há muito a fazer, o problema é: será o interlocutor um monstro tão grande para ele estranhar «gostar tanto assim/De alguém como tu», ou será ele um totó que nunca pensou enamorar-se de uma pessoa extraordinária?
«Quando eu te falei de amor»:
Quando eu te falei de amor
Tu sorriste para mim
E o mundo ficou bem melhor
Quando eu te falei de amor
Nós sentimos os dois
Que o amanhã vem depois
E não no fim
«Foi Feitiço»:
Eu não sei o que me aconteceu
Foi feitiço!
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim
De alguém como tu
Bem, a única coisa a apontar é a estranheza a roçar a loucura que o acto de amar determinada pessoa provoca no enunciador. Tudo bem, foi feitiço, e não há muito a fazer, o problema é: será o interlocutor um monstro tão grande para ele estranhar «gostar tanto assim/De alguém como tu», ou será ele um totó que nunca pensou enamorar-se de uma pessoa extraordinária?
«Quando eu te falei de amor»:
Quando eu te falei de amor
Tu sorriste para mim
E o mundo ficou bem melhor
Quando eu te falei de amor
Nós sentimos os dois
Que o amanhã vem depois
E não no fim
Bom, está bem… o amanhã vem mesmo depois do que e de quem? No fim de quê? Parece-me que andaram foi a “snifar” qualquer coisa e já andam a sentir muita coisa do foro de alucinatório… Ou talvez haja alguma coisa demasiado melosa por detrás destes versos que pragmaticamente não consigo descortinar.
1 comentário:
e nao seria mais pra gostar tt de alguem como (gosto) de ti? ou sera pa gostar tt assim de alg como tu gostas? enfim...
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