quarta-feira, fevereiro 17, 2010

O livro do desassossego


já foi há uns dias valentes, mas enfim. e depois de me perder no Porto, mais uma vez (já não conheço a minha cidade de cinco anos), lá cheguei a tempo à Casa da Música.


o concerto, com a M. e o J.P. foi interessante, apesar do sono. a partir de excertos de do livro referido de Pessoa, o espectáculo foi construído com a orquestra Remix Ensemble, que executou uma composição de Michel van der Aa, a representação/voz de João Reis, encarnando Bernardo Soares, e um vídeo, com vários actores, entre os quais o mesmo João Reis, e a presença de Ana Moura, que cantou duas ou três vezes, pasme-se, excertos de O Livro do Desassossego (e lá apareceu no palco, no final, para aplaudir o espectáculo e receber o seu mérito também).


sem haver propriamente um fio condutor, a não ser a tentativa de mostrar as várias vertentes da personalidade de Bernardo Soares, o espectáculo versou reflexões sobre Lisboa, moral e sociedade, amor e solidão, numa espécie de «puzzle» que imita o próprio labirinto que é a obra impressa.


para concluir, uma frase exemplificativa, pessoal: «Que coisa morro quando sou?» ou, como diria eu, mais prosaicamente, «Que coisa sou quando morro?».

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