Tempo para balanço, mesmo antes de ir de férias. Talvez não leve computador comigo para Santarém e Lisboa, por isso mais vale ficar já. Mês de teatro, sobretudo. Mas também de série, alguns filmes e livros. E de baile de finalistas, pois então. E de alunos lindos a tirarem 19 e 20 no exame de Português, e outros igualmente lindos que ficaram mais abaixo. E os meninos do 9.º ano que lá deram o seu melhor (ou não).
Dos livros, coisas me obrigaram a protelar o trabalho, o sono (71, 74, 75, 76, 78 e 79), lágrimas até, o que não acontecia há uns tempos (71 e quase o 74). Muito os recomendo, esses de cinco estrelas, horas bem passadas, sobretudo A Rapariga que Roubava Livros, Sementes de Cabanas e Histórias Amorais para Crianças e Animais pela beleza (verbal e icónica) e originalidade de todos, pela sensibilidade do primeiro, pela imaginação do segundo, pela ironia do terceiro. Tempo para ler prendas (68 - Marta, 79 - António). Falta ainda o último do A. Lobo Antunes, já iniciado e a prometer.
Livros:
68. Livro, José Luís Peixoto, Quetzal, 264p.***(*)
69. O Mito de Sísifo, Albert Camus, Livros do Brasil, 200p.***70. Cantos Cativos, Arquimedes da Silva Santos, Campo das Letras, 240p.***
71. A Rapariga que Roubava Livros, Markus Zusak, Presença, 468p.*****
72. Inxalá – Espero por ti na Abissínia, Carlos Quiroga, QuidNovi, 96p.***
73. Ensaio Sobre a Cicuta, a partir das peças platónicas, João Diogo Loureiro e Miguel Monteiro, CECH-FESTEA, 58p.****
74. Hipólito, Eurípides, CECH-FESTEA, 78p.*****
75. Sementes de Cabanas, Philippe Lechermeier e Éric Puybaret, Kalandraka, 94p.*****
76. O Retrato, Nikolai Gogol, Quasi, 96p.*****
77. A Morte das Imagens, Helena Malheiro, Ulmeiro, 88p.**(*)
78. Histórias Amorais para crianças e animais, João Diogo Zagalo, Angelus Novus, 164p.*****
79. Quarto Livro de Crónicas, António Lobo Antunes, D. Quixote, 328p.*****
80. Boa tarde às coisas aqui em baixo, António Lobo Antunes, D. Quixote, 576p.***
120. Passangers, Rodrigo Garcia***(*)
Teatro:
Foi o mês de ir muitas noites seguidas ao Mimarte. Apenas não vi uma peça de Molière (estava no baile de finalistas), e gostei em particular da loucura erudita de Os Três Capitães (FC Produções), a comédia policial de inúmeros recursos de Os 39 Degraus (Statement), a destreza e beleza de Losing Grip (Desastronauts), da intensidade do texto de Hipólito (Thíasos) e da loucura alegorizante de A Festa dos Porcos (Jangada Teatro). Mas houve ainda A História de amor da Filha do Regedor (o Tin.Bra a surpreender), o cómico inteligente em A Herança do Jeremias (Teatro Regional Serra de Montemuro), os bonecos e as caixas em Se o mundo fosse bom, o Dono morava nele (CENDREV), O O Auto do Velho da Horta (Teatro ao Largo, fraquinho, embora com coisas giritas), Falatório do Ruzante de Volta da Guerra (PIF'H, com um texto genial e uma ideia de desdobramento quadrúplo interessante e o resto um terror) e um interessante Ensaio sobre a Cicuta (Origem da Comédia, a partir de Platão). O melhor foi ter ido com a Bruna, com a Tânia, ou sozinho, mas sempre com muita gente a encher o Rossio da Sé, ou Theatro Circo e o Museu D. Diogo de Sousa.
Concertos:
Capella Bracarensis e Les Petits Chanteurs de Guewenheim na Igreja de S. Victor, Braga. Foi muito bom e inspirador!
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